quarta-feira, junho 02, 2010



Nunca soube se a vida era pouca ou demais pra gente. Nunca entendi as pretensões do poeta.
A casa, de repente, ficou grande demais e nem sei o que fazer com tanto espaço.
Já faz quase três meses que você se foi...e a saudade não nos abandona.
Mas o tempo foi generoso conosco. Ele nos deu a oportunidade de dizer, incontáveis vezes, aquela palavra que nos desarma, que nos abre, que nos desnuda. Nos ensinou a dizer “eu te amo” antes que fosse tarde demais. Mérito seu, já que se abrir, para quem não tem esse costume, é muito complicado.
Você nos ensinou que devemos dizer o que sentimos, viver o que dizemos e respeitarmos tudo isso.
E você, mais uma vez nos ensinou que, acima de tudo é necessário o bom humor, a franqueza da alma, a retidão de caráter e a certeza de que cumpriu sua missão de forma acertada.
Não criou somente irmãos, criou amigos. Nos deu exemplos de lealdade e fidelidade...não às pessoas, mas às suas personalidades.
Se foi com a certeza de que muito acima dos bens materiais, no final de tudo (ou na falta de tudo) teremos somente a nós mesmos. Que juntos somos muito maiores que todo problema....que separados seremos sempre um “problemão”.
Ensinou que os amigos são eternos, mesmo que às vezes (na verdade, muitas vezes) nos tirem do sério, desapareçam, nos contrariem, briguem por nada, briguem conosco, não nos escutem, nós não os escutemos. Há sempre um irmão travestido de amigo, ou um amigo travestido de irmão.
Ensinou que crianças são lindas e animais são meigos, mesmo que estejam destruindo a casa. Eis a graça da vida...segundo sua visão.
Se foi com a certeza de dever cumprido, com um sorriso nos lábios, mesmo depois de muito sofrer a missão (dura missão) a que se propôs.
Muitas foram as lições que recebemos.
Somente as últimas lições, talvez, nós não tenhamos entendido ainda, porque não existem respostas prontas: como viver sem você? Como preencher o vazio desse espaço que tomou nossas horas, lugares e corações?
Caberá a nós acharmos essas respostas. Caberá a nós aprendermos a conviver com a perda. Caberá a nós continuarmos a lapidar nossas vidas e passar adiante seus ensinamentos e seu amor.
Seus netos haverão de receber a mensagem e entendê-la.
Mãe fique em paz porque, acredite, você conseguiu!

Alegria - 11:38 PM

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nome: Turista
nascimento: 12/02
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Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
0 dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era
e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir
o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

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